quinta-feira, 5 de novembro de 2009

IÊ-IÊ-IÊ


Nunca um álbum do cantor, compositor, musico, poeta, artista visual, ensaísta e sabe lá mais o que, Arnaldo Antunes se pareceu tanto com seu titulo. Pois bem, IÊ-IÊ-IÊ, seu nono trabalho solo consegue ir de volta as origens pop que lhe consagraram durante o seu período na banda paulista Titãs (que um dia já foram Titãs do Iê-iê-iê, será que bateu saudade dos velhos tempos, sei lá quem sabe?), tal trabalho foi produzido pelo cidadão mais instigado da música popular brasileira, o cearense Fernando Catatau. E, conhecendo o trabalho de ambos, mais de ouvir falar ou ler a respeito, (ops Um Som, álbum de 1998 do Antunes eu adorei), era de se esperar algo bem ao estilo deles, álbuns introspectivos e meio, cheio de efeitos e tudo mais que acompanha o pacote. E não algo que buscasse caminhos do sucesso popular, como acontecera na parceria com os tribalista Marisa Monte e Carlinhos Brown, que alias rendeu em 2002 até Grammy Latino, milhares de cópias vendidas e sucesso de público e crítica, este último alias seus álbuns solos tem alcançado com certa freqüência. Boa parte do público ainda não entendeu bem a mensagem de seus álbuns. Quanto ao disco em questão, realmente é pop, bem iê-iê-iê e vale a pena ser ouvido da primeira a última fáixa. Sem receio algum, claro.
Quanto ao show apresentado aqui em Fortaleza, na noite de 31 de Outubro, no Centro Cultural Sesc-Luiz Severiano Ribeiros, quem não foi perdeu uma apresentação inspirada, desde o palco decorado ao fundo com dezenas de camisa – que fariam a alegria de algum descamisados, efeitos de iluminação que faziam a sala de cinema parecer um grande baile sessentista, a vibração da platéia, e claro, a presença sempre performática do bardo Antunes e não menos importante a banda de apoio, é que apoio, quem tem um Edgard Scandurra em uma apresentação IRAda, ops, na guitarra tem meio caminho andado para o sucesso. É parece que o pulso ainda pulsa mesmo e com certeza é desde os primórdios até hoje em dia. Que bom year, year, year, ou melhor, iê-iê-iê

texto: claudio alving
foto: isabel muniz

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